Contratei o Churchill

Contratei o Churchill

Esta é a minha equipa mais cara, entrar no grupo é difícil, não basta ser bom.

Luís Diogo

6 min leitura

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22 de mar. de 2024

.

Contratação RH

Foi duro.
Muita negociação.
Mas decidi que era a melhor opção.
Contratei o Churchill.
Winston Churchill.

O processo começou com um livro.
O Esplendor e a Infâmia.
Não é uma biografia.
Nem uma documentação histórica.
É sobre pessoas.
Relações humanas.
Durante 1 ano.
E que ano.

A Europa começa a ser ocupada.
A França é invadida.
Faz um acordo com o Hitler.
O Reino Unido é atacado.
E resiste.
Sozinho.
Até à entrada dos Estados Unidos.

É esse o drama.
É essa a primeira tarefa para o Churchill.
Entra no poder.
4 dias depois ordena sacrificar 4000 vidas.

O livro é sobre ele.
As pessoas que o rodeiam.
Os colaboradores.
Aliados.
Família.
E amigos.
É sobre guerra.
Mas é também sobre normalidade.

No meio daquele drama, pensei.
Este tipo é especial. 

Talvez pudesse trabalhar para mim.
Foi isso que fiz.
Contratei-o.
E agora vou-te explicar a minha decisão.


O MEU COMANDO DE GUERRA.

Esta é a minha equipa mais cara.
Não pelo dinheiro que pago.
É residual.
É pelo tempo que dedico.
Tantas horas.
Tanta energia que eu invisto.
É uma equipa especial.
A que escolho.
A que levo para a guerra.

Quando alguém entra nesta equipa.
Começo a colecionar conhecimento.
É o meu onboarding.
Li o livro do Churchill.
Comprei mais 3.
O Audiobook.
Li todas as cartas que ele escreveu.
Vi o filme 2 vezes.
Tudo o que encontro, estudo.

Após o conhecer.
Faço uma seleção.
Junto tudo.
Num único áudio.
Às vezes tem quatro horas.
Outras doze. 

Carrego no meu MP3.
E ponho no bolso.

É aqui que o colaborador está pronto para entregar valor.
Ouço uma vez. Duas.
Sempre que tenho 5 minutos.
Até saber de cor.

É o meu comando de guerra.
O meu board.
Consultores que me ajudam a decidir.
Charlie Munger.
Naval Ravikant.
Nassim Taleb.
E agora, Winston Churchill.

Um super audio.
Acessível.
Que me ajuda a ser melhor.


MAIS CRITÉRIO, MENOS VOLUME.

Entrar neste grupo é difícil.
Não basta ser bom.
Não basta ter impacto na minha vida.
Tem que me perseguir.
Aparecer em todo o lado.
Ser a referência de todas as referências.

São poucos.
Com muita qualidade.
Durante muito tempo.
Escolhidos, com muito critério.

É como ler.
Não é uma competição por quantidade.
É sobre absorção.
Entrar em profundidade, apenas nos que valem a pena.

Entrar nesta lista é um compromisso.
Centenas de horas.
É isso que eu pretendo investir.
O risco é grande.
O potencial retorno tem que compensar.

O Churchill cumpre um papel.
Justificou o lugar.
E veio-se sentar à mesa.

Foram estes os quatro critérios da minha seleção.


1 - FAZ-ME ESCREVER MELHOR.

Escrever é um jogo.
Existem 26 letras disponíveis.
É a tua seleção.
Organização.
Formulação.
Ênfase.
Ritmo.
Que definem o resultado.

É um jogo infinito.
Mas algumas pessoas têm o dom.
Juntam a disciplina à capacidade.
E agrupam as letras de forma quase mágica.
Eu sou movido por isso.

No fim do livro, fui ler todos os discursos do Churchill.
Com calma.
Ler e rever.
E porra. 
É invejável.

Inspira-me a tentar.
A fazer melhor.
E a esticar a corda na ambição e qualidade.


2 - OBRIGA-ME A SER RIGOROSO NO PROCESSO CRIATIVO.

Para quem escreve,
Método é tudo.
Cada um tem o seu.
Mas é algo que vais proteger com a vida.
Porque funciona.

O Churchill era obcecado.
Ditava.
A secretária escrevia.
Com duplo espaçamento.
Em silêncio, sem o som das teclas.
Saia o rascunho.
Ele anotava com caneta.
Vermelha, normalmente.
Era rescrito novamente.
Desta vez com espaçamentos.
Para dar ênfase.
Pausas.
E aquele tom único.
Tudo isto num formato apenas.
Tem que caber na mão.
E no bolso.

Discurso do Churchill

Porque o tempo e afastamento ajudam na clareza.
Na seleção das palavras.
Até ao último segundo.
Mesmo antes de o proferir.

Este processo era respeitado.
Independentemente da situação.
Urgência.
Ou velocidade.

No dia que a França declarou a derrota.
E o Churchill convidou uma nação para a guerra.
Um discurso único.
Talvez o mais importante da guerra.
Segundos antes.
Lá estava ele,
Sentado,
Caneta vermelha na mão.
A selecionar palavras.


3 - ENSINA-ME A INSPIRAR COM LINGUAGEM.

No final do filme "Darkest Hour" 
Halifax, diz 
"Ele enviou a língua inglesa para a guerra."

Palavras selecionadas. 
Bem proferidas. 
É poder. 
O discurso "The Finest Hour" é um exemplo.

Parte do “The Finest Hour”

Neste dia ele transformou desanimo em força.
Desespero em esperança.
Abriu o momento mais negro de uma nação.
Embrulhado em confiança.
Que deu força a uma resistência solitária.
Inferior em armamento.
Contra o ódio.
Contra o mundo.
Desequipados para enfrentar a maior potência da altura.

Um texto.
Apenas palavras. 
30 minutos que defiram um resultado.
Que mudaram a trajetória de um país.
E, talvez, me permitiram a liberdade de escrever este email.


4 - MOSTRAR-ME O QUE É TER CARÁCTER.

Duas procuras,
A procura do sucesso.
A procura de um melhor carácter.
Foco-me na segunda.

Sucesso não é uma métrica.
É viver com princípios.
Escolher, e melhorar escolhas.
Aceitar consequências.
Procurar melhorar e aprimorar.
Trabalhar em mim antes de tentar mudar alguém.

Foi isso que vi nele.
Princípios.
Certos, ou errados.
São os dele.
E, em momento algum, foi contra eles.
Apenas os otimizou.

Essa condição estava presente nas várias dimensões da sua personalidade.
Na forma de trabalhar.
Na forma de comunicar.
Interagir. 
Ele, no estado mais transparente que é possível.

São essas as pessoas que me moldam.
É nas imperfeições que eu encontro honestidade.
Que me provocam a andar nu.
A melhorar a minha capacidade de transparência.
Ao mesmo tempo, que moldo o meu próprio carácter.


CONCLUSÃO

O Churchill veio cumprir um papel estratégico.
Na fase certa da minha vida.
Veio cobrir um espaço de oportunidade.
Ele está feliz.
Eu estou feliz e equipado.
Equipado para o próximo desafio.

Que me vai obrigar a escrever melhor.
A inspirar.
A provocar.
E a andar nu na minha escrita.
Acho que encontrei a pessoa certa.

Churchill, bem-vindo ao desconforto.
Abraço, Luís Diogo 🫡

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